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Urban climate studies in Lisbon

Capa
Autor(es):
ALCOFORADO, Maria João; ANDRADE, Henrique; LOPES, António; VASCONCELOS, João; VIEIRA, Hugo
Preço:
10 €
Páginas:
72
Ano Publicação:
2004
ISBN:
972-636-143-5

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Resumo

MODIFICAÇÕES DO VENTO LOCAL EM FUNÇÃO DE DIFERENTES RUGOSIDADES SIMULADAS NUM TÚNEL DE VENTO: EXEMPLO DE APLICAÇÃO AO BAIRRO DE TELHEIRAS,NO NORTE DE LISBOA.

António Lopes

Com a actual expansão caótica da urbanização no Norte da cidade, a velocidade do vento regional é fortemente reduzida, limitando a remoção dos poluentes atmosféricos e o arrefecimento da atmosfera urbana, tão necessária no Verão.

Nesta investigação, mostra-se como o aumento do parâmetro de rugosidade (roughness lenght, z 0) numa cidade em crescimento, pode modificar a ventilação ao nível da rua e modificar o conforto dos habitantes e transeuntes.

Foi usada uma maqueta num dos túneis de vento do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para simular os campos de vento no bairro de Telheiras, em função da modificação da rugosidade esperada a barlavento deste. Demontra-se que o crescimento da cidade pode reduzir de 30 a 40% a velocidade do vento na camada limite urbana e que canais para a ventilação devem ser preservados na cidade.

VARIAÇÕES MICROCLIMÁTICAS DO CONFORTO TÉRMICO NUM BAIRRO DE LISBOA

Henrique Andrade

O estudo de um moderno bairro de Lisboa (Telheiras) foi levado a cabo para analisar a influência das estruturas urbanas nas condições bioclimáticas. Outro objectivo foi o de criar um modelo empírico, que permita a generalização dos resultados para outros locais. A Temperatura Fisiológica (Physiological Equivalent Temperature, PET) foi usada para a avaliação do conforto térmico em vários micro-ambientes do bairro de Telheiras. Para cálculo da Temperatura Fisiológica, foram feitas medições de temperatura do ar, radiação (visível e infra-vermelha térmica) e foram simulados a velocidade do vento e a temperatura média radiativa. Um SIG foi utilizado para modelizar as variações espaciais de PET, em diferentes tipos de tempo.

Palavras-chave : Bioclimatologia urbana, Temperatura fisiológica (PET), Lisboa.

 

CAMPOS DE VENTO E PADRÕES TÉRMICOS EM LISBOA E A SUA MODIFICAÇÃO COM O CRESCIMENTO DA CIDADE

Maria João Alcoforado e António Lopes

Os regimes de vento, estudados a partir dos dados de Lisboa/Gago Coutinho (no Aeroporto), mostram a prevalência dos ventos de N, NW e NE. São analisados, subsequentemente, dois padrões térmicos, relacionados com campos de ventos diferentes: em regime de Nortada, as temperaturas mais elevadas ocorrem no centro da cidade e nos bairros ribeirinhos (em parte, por efeito de abrigo), ao passo, que em ocasiões de brisas do Tejo e do Oceano, os referidos bairros são os mais frescos da cidade.

O perfil do vento em altitude, referente aos anos 80 do século XX, é comparado com aquele que é estimado para o sítio de Lisboa, tendo apenas em conta a topografia e não a rugosidade devida à presença da cidade.

Perfis estimados para 2020, em função do crescimento esperado para o Norte da cidade, revelam que entre 1980 e 2020, as maiores diferenças da velocidade do vento (cerca de 40% de diminuição) estão previstas para o centro da cidade, 10m acima do nível actual dos edifícios. Esta previsão diz apenas respeito a situações de nortada de Verão (cerca de 75% do total) e em que o Norte da cidade se encontra a barlavento.

Palavras-chave : vento, Lisboa, Verão, crescimento da cidade

 

CARACTERIZAÇÃO DA MORFOLOGIA URBANA PARA INCLUSÃO NUM SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG), COM FINS CLIMÁTICOS EM LISBOA. DISCUSSÃO DE DUAS DIFERENTES METODOLOGIAS.

Hugo Vieira e João Vasconcelos

Para facilitar o traçado de mapas térmicos a uma escala detalhada, são necessários mapas de base com as características físicas da cidade. Duas metodologias para a construção de um layer sobre a morfologia urbana são aqui apresentados e discutidos. Num deles, é utilizado o factor de visão do céu (sky-view factor) e, no segundo, um factor empírico para caracterizar a morfologia (ou estrutura) urbana, identificado como 'densidade urbana'. Cada mapa foi convertido num layer de um SIG e utilizado, depois, como variável independente de um modelo de regressão, em que a temperatura do ar é a variável dependente, sendo, por fim comparados os resultados.

Palavras-chave : morfologia urbana, 'densidade urbana', factor de visão do céu, SIG.

 

TEMPERATURA NOCTURNA EM LISBOA: DESCRIÇÃO E MODELIZAÇÃO DE PADRÕES TÉRMICOS

Maria João Alcoforado; Henrique Andrade

O objectivo desta comunicação é de apresentar uma síntese e discutir várias tentativas que foram feitas para interpolar a temperatura nocturna do ar em meio urbano, levadas a cabo em Lisboa, na última década.

A ilha de calor urbana de Lisboa é mais frequente no Inverno do que no Verão e a sua intensidade máxima (em média, entre 1 a 4ºC, em função do tipo de tempo) ocorre frequentemente nos bairros meridionais.

Regressões múltiplas passo a passo e um SIG foram utilizados para modelizar a relação entre temperatura do ar e da superfície (variáveis dependentes) e numerosas variáveis independentes, relacionadas com a topografia, a posição na cidade, a proximidade do Tejo ou do Oceano, a ocupação do solo e a geometria urbana. Exemplos de padrões térmicos são apresentados.

Esta metodologia está a ser seguida para a produção de mapas climáticos, a utilizar como instrumentos para o ordenamento do território de áreas urbanizadas.

Informação actualizada em 24/05/2010